quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sou muito agradecida

"Meu primeiro filho, aos 33 anos, chegou saudável e assustado, talvez com meus gritos. Por insegurança, resolvi tê-lo em uma maternidade mas me arrependi profundamente porque nenhum direito meu foi respeitado.

Cheguei na maternidade com 9cm de dilatação às 7:15 +/- e ele nasceu às 8:15 de um trabalho de parto iniciado às 00:30 +/-. Acredito que tudo ía muito bem. Escolhi como acompanhante uma amiga/doula e quando chegamos na porta do centro cirúrgico (isso mesmo, tive meu parto normal em um centro cirúrgico) disseram que ela precisava de uma autorização que tinha que ser pega em outro lugar, e que enquanto ela fazia isso iriam me preparando.

A verdade é que não íam deixá-la entrar e tive meu filho sozinha apesar de toda a equipe médica, porque a pessoa em que eu tinha confiança, não esteve lá comigo. Também pedi para não fazerem a episiotomia e vi uma cara de reprovação da obstetra e não sei se por necessidade física minha ou psicológica dela, a episio foi feita. Ah, os gritos que assustaram meu filho, vieram da força que me pressionaram a fazer porque tudo o que eu queria fazer era relaxar e respirar fundo pra ele vir calmamente.

Sou muito agradecida à enfermeira-obstetra/parteira com quem conversei por telefone durante meu trabalho de parto, que me manteve tranquila em casa até a hora do bebê quase nascer. Fico imaginando se eu tivesse ido pra maternidade quando o trabalho de parto havia começado, se não teriam me pressionado também a fazer uma cesariana.

Marcia Brasil, mãe do Miguel de 3 meses. Brasília-DF

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